domingo, 10 de junho de 2012

Braga, Pelourinhos


Pelourinhos no distrito de Braga

Segundo o inventário da Academia de Belas Artes, existem no Distrito, os seguintes pelourinhos:
- Barcelos - Possui um bonito e magestoso pelourinho que se ergue junto da igreja matriz, ao lado dos antigos Paços dos Duques de Bragança. Curioso é que sendo Barcelos, o concelho com maior número de freguesias em Portugal (95), não se encontra na sua area administrativa nenhum outra terra com foral ou pelourinho.
- Braga - ainda existe desmantelado e fragmentado
- Cabeceiras de Basto - muito simples e reduzido ao estritamento necessário, construido no sec XVI
- Caniçada - no concelho de Vieira do Minho, destruido e a sua pedra aproveitada para construções locais
- Castelo - no concelho de Celorico de Basto e freguesia de Arnóis, destruido também e do qual existem, apenas algumas pedras
- Esposende - monumento muito apreciável no género
- Parada de Bouro - no concelho de Vieira do Minho, transformado no cruzeiro das procissões
- Vila de Prado - no concelho de Vila Verde, formoso monumento de fim do seculo XVI ou começo do XVII
- Rossas - no concelho de Vieira do Minho, monumento triste e despresado que se levanta na povoação de Celeirô, sede do antigo concelho de Rossas
- Ruivães - no concelho de Vieira do Minho, pobre e tão mal tratado pelo rapazio, que só a muito custo se vai aguentando de pé
- S. João de Rei - concelho da Póvoa de Lanhoso, destruido e a pedra dele aproveitada pelos particulares, mas além dos indicados pela Academia, ainda há os seguintes:
- Guilhofrei - no concelho de Vieira do Minho, pertencendo ao antigo concelho de Vila Boa de Guilhofrei, cujas peças que o formavam se encontram dispersas por casas de lavradores do local
- Ribeira de Soaz  (Caniçada) - no concelho de Vieira do Minho, já um tanto mutilado
- Refoios de Basto - deve provir do seculo XVI, do tempo que o rei Venturoso, deu foral à vila.

Forais no Distrido de Braga
- Amares - A vila de Amares serviu desde data imemorial de sede ao antigo extinto concelho de Entre Homem-e-Cavado, do qual o actual concelho de Amares foi seu herdeiro, a partir das primeiras reformas liberais. D. Manoel I, deu foral ao concelho de Entre Homem e Cabado, a 8 de Abril de 1514
. Bouro - Bouro, Santa Maria, ou Santa Maria de Bouro, actualmente freguesia, foi já vila e sede do concelho de Couto do Mosteiro, a que D. Manoel I, deu foral a 20 de Outubro de 1514. Foi extinto no século passado e integrado no concelho existente ao tempo, de Santa Martha de Bouro, do qual a vila de Santa Maria de Bouro, passou a fazer parte como freguesia.
. Bouro - Bouro, Santa Martha ou Santa Martha de Bouro, foi outra das antigas vilas que serviu de sede ao extinto concelho deste nome. Teve foral dado por D. Manoel I, em Lisboa a 20 de Outubro de 1514. E foi extinto a 31 de Dezembro de 1853.
- Barcelos - A cidade de Barcelos, de remota antiguidade, teve o seu primeiro foral, dado por D. Afonso Henriques, sem data, confirmado, em Santarém, no ano de 1208. O seu segundo foral é manuelino, outorgado em Lisboa, a 7 de Agosto de 1515
- Braga - Braga, cidade e capital de distrito, da maior importância no passado, não tem qualquer foral, embora segundo os apontamentos existentes no Real Arquivo, se conclua, desses mesmos apontamentos para o seu foral, que D. Manoel I, tinh em vista outorgá-lo. Ora Braga não ter foral nem antigo, nem moderno, deve-se ao facto de ser cidade episcopal, pois quem nela mandava era o arcebispo, se bem ue, como já vimos, figurava no plano geral das terras a haver foral
. Tibães - Mire de Tibães, actualmente freguesia do concelho de Braga, foi também já sede do concelho de Tibães, extinto pela reforma de 1836. D. Manoel I, concedeu foral a 4 de Setembro de 1517 ao cuto de Tibães ou do Mosteiro de Tibães. Tibães é lugar da freguesia de Mire, por isso chamada de Mire de Tibães.
. Vimieiro - actualmente freguesia, foi já vila e sede de concelho a que D. Manoel I, deu foral a 4 de Setembro de 1517. O concelho de Vimieiro foi extinto pela grande reforma administrativa de 1836
- Cabeceiras de Basto - A vila do concelho de Cabeceiras de Basto possui foral manuelino, datado de 5 de Outubro de 1514. Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, formavam antigamente um só concelho com o nome de Terra de Basto. No concelho de Cabeceiras, incluem-se os extintos concelhos de Abadim e Refoios.
. Refoios (Refoios de Basto), este com foral, datado de 12 de Outubro de 1514 e extinto em 1836.
. Abadim - D. Manoel I, deu-lhe foral também a 12 de Outubro de 1514. Foi vila e sede de concelho, este extinto em 1836
- Celorinco de Basto - D. Manoel I, outorgou foral a Celorico de Basto, em Évora, a 29 de Março de 1520. A sede primitiva de Celorico de Basto, foi no castelo e depois junto dele, na actual freguesia de Arnóia.
- Esposende - O concelho de Esposende pertencia ao julgado de Neiva, beneficiando, portanto do seu foral manuelino. A importância de Esposende, no seculo XVI, merecia foral próprio e D. Manoel I, despachou favoravelmente a petição para fazer deste lugar vila, mas o procurador do lugar faleceu, a petição perdeu-se e ficou tudo como dantes. A carta de vila foi-lhe dada em 1572.
- Fafe - A povoação de Fafe, actualmente vila, pertencendo ao antigo concelho de Monte Longo, beneficiou, sem dúvida, do foral dado a este. Monte Longo, antigo concelho e vila com foral dado por D. Manoel I, a 5 de Novembro de 1513. Foi em 1835 que desapareceu o nome de Monte Longo, começando a aparecer o de Fafe, e que o torna o herdeiro dos pergaminhos de Monte Longo, que passou à historia, sem um pormenorizado registo de óbito.
- Guimarães - A cidade de Guimarães, berço da nacionalidade, outorgou-lhe foral o conde D. Henrique. Aquele foral foi confirmado depois, em 27 de Abril de 1128 e outra vez confirmado por D. Afonso I. A 20 de Novembro de 1517, recebeu ainda foral manuelino.
- Póvoa de Lanhoso - O antigo concelho de Lanhoso, da qual era cabeça a vila da Póvoa, teve foral dado por D. Dinis, estando em Coimbra, a 25 de Abril de 1292. O segundo foral, ainda dado a Lanhoso, é manuelino, datado de 4 de Janeiro de 1514. O concelho de Lanhoso foi extinto pelas primeiras reformas liberais do seculo passado e instituído o de Póvoa de Lanhoso
. S. João de Rei - A antiga vila de S. João de Rei, sede de um concelho do mesmo nome, foi-lhe outorgado, pela primeira vez foral em 1228, em 25 de Dezembro de 1514, D. Manoel I, outorgou-lhe o segundo. O concelho de S. João de Rei, foi extinto em 1836, tendo sido restaurado por carta de lei de 4 de Junho de 1837, para vir a ser novamente extinto com o seu julgado, por decreto de 31 de Dezembro de 1853. Na área do actual concelho de Póvoa de Lanhoso existiu, pelo menos ainda outro concelho, o de Fonte Arcada, mas este sem foral.
- Vieira do Minho - Vieira do Minho é actualmente vila e concelho a que D. Manoel I, deu foral a 15 de Novembro de 1514.
. Rossas, a antiga vila desceu à simples condição de freguesia, em 1836, por ocasião da extinção do concelho de Rossas. D. Manoel I, outorgou-lhe foral a 23 de Outubro de 1514.
. Ribeira de Soaz - Era o nome de um antigo concelho na Ribeira do Cávado (com seda em Caniçada), composto de povoações hoje integradas nos concelhos de Vieira do Minho e Povoa de Lanhoso. D. Manoel I, deu-lhe foral a 16 de Julho de 1515. Este concelho foi extinto em 1836
. Ruivães - Foi vila e sede de um concelho, este extinto por decreto de 31 de Dezembro de 1853. Não tem foral.
. Caniçada - O antigo concelho de Caniçada (Ribeira de Soaz), foi extinto em 1836.
. Guilhofrei - Foi sede do antigo concelho de Vila Boa da Roda, que teve foral dado por D. Manoel I, em Lisboa, a 8 de Agosto de 1514. Foi extinto pelas reformas liberais
. Parada de Bouro - D. Sancho I, enobreceu Parada de Bouro, com o titulo de vila, deu-lhe foral e couto. Com o tempo baixou à condição de simples freguesia
- Vila Nova de Famalicão - Vila Nova de Famalião, não tem foral, em virtude de ser uma vila e concelho de formação recente (1835). Até então, tanto a povoação de Vila Nova, como o julgado de Vermoim, se incluiam no termo de Barcelos.
- Vila Verde - A criação do concelho de Vila Verde, data de 24 de Outubro de 1855, tendo sido pelo mesmo decreto extintos os de Prado, Pico de Regalados, Cila Chã e Penela, com os quais o mesmo se formou. Razão por que não tem foral próprio, nem pelourinho
. Aboim da Nobrega - Foi couto do rei, vila com juiz ordinario e sede dum antigo concelho do mesmo nome, extinto por decreto de 31 de Dezembro de 1853 e ao tempo integrado no de Pico de Regalados. D. Manoel I, deu-lhe foral, em Lisboa a 24 de Outubro de 1513.
. Portela das Cabras - O concelho de Portela das Cabras, a que D. Afonso III, parece ter dado foral, foi extinto em 1836, prevalecendo, porém, como sede do então existente concelho de Penela, este só mais tarde aniquilado, isto pela reforma de 24 de Outubro de 1855. D. Manoel I, concedeu foral ao concelho de Penela a 6 de Outubro de 1514.
. Pico de Regalados - As duas freguesias de Pico de Regalados (S. Cristovão e Sampaio), hoje separadas, constituiam antigamente a vila de Pico de Regalados. Esta vila foi sede dum concelho do mesmo nome, extinto por decreto de 24 de Outubro de 1855, a que D. Manoel I, outorgou foral a 13 de Novembro de 1513.
. Prado - A freguesia de Prado (Santa Maria) foi vila e sede do julgado de Prado. Como concelho de antiquissima origem, durou até 24 de Outubro de 1855, ano em que foi extinto. D. Afonso III, parece que lhe deu foral no ano de 1260.
. Vila Chã - Foi vila e sede de um antigo julgado e extinto concelho do mesmo nome. Teve foral antigo, datado de Outubro de 1217 e foral novo, outorgado por D. Manoel I, a 6 de Outubro de 1514. Vila Chã está hoje reduzida a um simples lugar da freguesia de Carreira (Santiago)

Sem comentários:

Enviar um comentário